terça-feira, 16 de junho de 2009

Pelo mundo

O dólar já está praticamente de volta aos patamares pré-crise, mas o D-Edge tem preferido manter o pé no freio e, com isso, poucas atrações de renome tem aportado na Barra Funda. Acho que é o ano de mais baixa qualidade do nightclub desde sua inauguração, em 2004. Ainda assim reina absoluto na night paulistana.

E no final de semana acontece mais uma edição da tal da Kaballah. Evento que nasceu como rave de pissái israelita, mas que hoje em dia, além de praticamente ter riscado esse estilo lastimável da eletrônica de seu line-up, tratou também de abandonar o "rave" de seu nome. De acordo com o que li no site Rraurl, a festa agora se auto-intitula "evento do núcleo Kaballah". E se esse evento, assim como as demais grandes raves que ocorrem na região de SP, deram um grande passo ao abandonar ou, pelo menos, reduzir drasticamente o pissái entre suas atrações, podiam também dar uma variada nesses DJs gringos que trazem. O Stephan Bodzin foi um dos primeiros da era da despissaização. Aí trouxeram o careca umas 20 vezes. Cada mês ele vinha pra uma rave diferente. O Guy Gerber já veio umas 15 vezes. E a bola da vez é o italiano Dusty Kid, que não por acaso é alardeado como um dos maiores headliners do evento do tal núcleo. O cara tem vindo direto ao Brasil e já que é pra trazer um DJ de fora, podiam buscar opções inéditas ou mais inovadoras. Mas como não vou a esses eventos nem mesmo para buscar dinheiro, fica aqui apenas uma humilde observação. Ah, e a apresentação que eu recomendo para você que está com saco para se deslocar no sábado até Itú, é o live do duo tedesco Extrawelt. E o techno do Dusty também é ok. De qualquer forma, olhando para como eram essas festas poucos anos atrás, é inegável que houve uma bela evolução.

Mas se você está com tempo e dinheiro sobrando, e em vez de dar um pulo até Itú prefere dar uma passeada pela Europa, nesse mesmo final de semana a cidade de Barcelona receberá finamente a edição 2009 do festival Sónar, já devidamente descrito por aqui.

Em Londres, inaugurado no ano passado com um soundsystem de qualidade indescritível de acordo com os DJs que por lá passam, o nightclub Matter receberá no sábado uma noite do selo de progressive house Renaissance, e terá nos turntables, CDJs, laptops e afins os ultrapassados Satoshi Tomiie, Dave Seaman e Paolo Mojo. De interessante, apenas o live do Rex the Dog. Pensando bem, sou mais a tal da festa do tal do núcleo Kaballah. E por incrível que pareça, na mesma cidade, normalmente abarrotada de DJs de renome, a Fabric terá também um line-up bem fraco no mesmo dia com o destaque ficando por conta apenas do DJ e produtor holandês que é conhecido pelo vulgo de 2000 And One. Definitivamente, um final de semana atípico na terra do Big Ben.

E se a Inglaterra sofre dessas recaídas e não consegue abandonar de vez os DJs de progressive que brilharam no longínquo fim dos anos 90 e outros do drum'n'bass, a Alemanha prova que continua sendo a meca da boa eletrônica. Só para ficar em Berlim, o nightclub Berghain já recebeu nesse mês de junho atrações como Marcel Dettman, Len Faki, Prosumer, Ben Klock, Ewan Pearson, Will Saul, André Galuzzi... e vale dizer que muitos desses são residentes de lá. E no dia 26, o local recepcionará a festa de 10 anos do selo Gohstly, que é de propriedade do Matthew Dear, um dos meus dejotas favoritos. Além do texano Dear (como Audion), mais gente do selo como Derek Plaslaiko e Kate Simko também se apresentam.

Não, não é o alvo do câncer de mama.

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