quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

RMC

Começou ontem no Rio a primeira edição do RMC, ou Rio Music Conference, primo pobre (paupérrimo, na verdade) da norte-americana Winter Music Conference (WMC) e da South American Music Conference, que ocorre anualmente em Buenos Aires. Dediquei um post no ano passado ao WMC explicando como é o evento que acontece durante o inverno da quente Miami.

A versão carioca é semelhante às duas outras no que diz respeito às discussões sobre os caminhos a serem trilhados pelo tuts tuts e as novas tecnologias da área, mas mandaram DJs gringos de quinta categoria para animar as muitas festas relacionadas ao RMC que ocorrerão na cidade maravilhosa. Escolhas típicas de gente que não entende muito (ou nada) do assunto. Com exceção do Sven Väth, que anda meio sem criatividade ultimamente e aposto que vai tocar em seu set apenas faixas de seu disco The Sound of The Ninth Season, do ano passado, os demais são atrações ou pra Pachá (entenda-se Morillo, Van Buuren, David Guetta e similares) ou pra uma festa do naipe daquela horrorosa Spirit of London (entenda-se o pessoal do D’n’B).

Vale dizer que as duas versões gringas citadas são inundadas por atrações classe A. Sobram quantidade e qualidade.

E como não poderia deixar de ser, os organizadores abusaram daquelas apresentações ridículas e mentirosas para suas “estrelas”, com o intuito de atrair o maior número possível de analfabetos em música eletrônica como aqueles apreciadores de axé que não puderam dar um pulo até Salvador para curtir os festejos de momo. Guetta, por exemplo, é chamado de “O MAIOR NOME DA HOUSE MUSIC MUNDIAL”. E eu provavelmente vivo em outro universo.

Mas confesso que minha maior expectativa a propósito do evento diz respeito ao Erick Morillo, o DJ americano de house farofa com visual de cantor de salsa que foi preso no final do ano, na Escócia, portando uma certa quantia de farofa num aeroporto. Tô louco pra saber se ele vai querer dar uma subidinha em algum morro carioca para farejar o ambiente.

Mas como em Glasgow ele pagou fiança e foi solto rapidinho, aqui as coisas seriam ainda mais simples pro DJzão mais brega do mundo. Resta, então, minha torcida para que instituam o quanto antes o Dubai Music Conference e que, obviamente, escalem o Morillão pra tocar. E que ele não tenha a mesma sorte do Grooverider! (a história do Grooverider here)

Morillo sempre na moda e a caminho do morro.


PS: A foto acima é certamente a mais queima filme que já postei nesse blog. Mas acho que ela expressa com exatidão what I’m talking about.

2 comentários:

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
q oife o murilão kkkkkkkkk

mto boa a materia !!

Anônimo disse...

ass Little cards !!